O VIÉS ETNOCÊNTRICO: UMA
TENTATIVA DE ANALISAR ALGUMAS QUESTÕES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PARTIR DO
ESTUDO DE CRIANÇAS DO INTERIOR DO PIAUÍ[1]
Elaine
Pedreira Rabinovich[2]
Psicóloga clínica,
Mestre em Psicologia Experimental/USP.
Resumo: O autor pretende, a partir de um estudo
realizado na zona do Cocal, Piauí, com crianças, suas
famílias e suas casas, questionar a validade da utilização de premissas e
resultados de estudos descontextualizados. Para isto, descreve alguns aspectos do
desenvolvimento infantil a partir das práticas simbólicas dos cuidados
parentais. São elas: o aleitamento materno; o modo de dormir; o treino de toilete e a autonomia. Conclui que diferentes conceitos
sociais de natureza humana significam diferentes contextos de desenvolvimento e
que a inserção de estudos sobre o desenvolvimento dentro de contextos que o
incluem pode auxiliar a lidar com o viés etnocêntrico e com o centralismo
psicológico.
Palavras-chave: desenvolvimento infantil, contexto desenvolvimental, etnocentrismo.
Summary: The aim of this article is to call into question the
validity of using knowledge from laboratory or from contexts diverse from where
development really occurs. A field was conducted in a rural setting in the
northeast of
Key-words:
child devlopment, development context, ethnocentrism.
O presente artigo visa discutir alguns
dos resultados de uma pesquisa de campo (RABINOVICH, 1994) realizada com 22
crianças, de o a 3 anos, suas famílias e suas casas,
moradoras da zona do Cocal, interior do Piauí. Este
trabalho inscreveu-se dentro de uma série de estudos visando detectar como o
viés etnocêntrico estaria influenciando os pontos de vista, teórico e prático,
da psicologia do desenvolvimento. Tal preocupação surgiu após uma pesquisa
realizada através de visitas domiciliares a 60 crianças atendidas por um Centro
de Saúde de São Paulo (SIQUEIRA et al., 1992). Nesta pesquisa, empreendida em
um bairro central da cidade de São Paulo com famílias de baixa renda, pudemos
observar como as condições materiais, sociais e culturais interferiam no manejo
das situações que contextualizam o desenvolvimento infantil. A partir destas
observações, fomos levadas a crer que apenas estudos interculturais
e comparativos poderiam responder por intervenções engendradas usualmente de
conhecimentos adquiridos em situações descontextualizadas ou generalizadas de
outros contextos. Deste modo, passamos a privilegiar como objeto de estudo
grupos de excluídos (RABINOVICH, 1994). O estudo de crianças da zona rural do
Piauí pareceu-nos, portanto, uma ocasião privilegiada para observarmos como o
habitat, o modo de vida e a vida cotidiana, do denominado nicho de desenvolvimento, poderiam se imbricar com questões do
desenvolvimento infantil.
É nosso objetivo, neste trabalho,
discutir alguns dos achados polêmicos desta pesquisa. Através desta discussão,
pretendemos questionar aspectos normativos da psicologia do desenvolvimento e
sugerir que a inserção deste estudo dentro de sistemas que o contenham pode ser
um modo de lidar com o viés etnocêntrico.
O
nicho de desenvolvimento
Para DASEN (1991), o comportamento
individual é determinado, ao menos parcialmente, pela cultura que é, ela
própria, uma resposta adaptativa do grupo às condições ecológicas,
socioeconômicas e históricas. Os elos entre grupo e indivíduo implicariam,
pois, em transmissão genética, transmissão cultural, influências ecológicas e
aculturação.
O nicho de desenvolvimento seria um
quadro teórico que contemplaria este modelo ecocultural,
sendo formado por três componentes: os contextos físicos e sociais da vida
cotidiana; os costumes de cuidados regulados culturalmente; e o modo dos pais compreenderem o desenvolvimento e a
educação.
A situação de vida das crianças no Piauí
e de suas famílias forneceu uma visão privilegiada do significado de nicho de
desenvolvimento. Tratava-se de um grupo de pessoas vivendo do extrativismo do
coco, do babaçu e da roça particular, em uma região de
secas endêmicas. O babaçu fornecia a palha para o
telhado e as madeiras de suporte para a casa, o carvão para a cozinha, o
azeite. As paredes da casa eram de adobe e o chão de terra. Dormiam em redes
tecidas a partir de outras fibras. Comiam o que plantavam, afora o sal e o
açúcar. Realizavam as necessidades fisiológicas no matinho. Viviam a natureza como algo que,
para nós, urbanos, torna-se distante dado que "o urbano como ambiente
natural torna-se o ambiente natural do urbano" (TASSARA 1992, p,13),
fazendo-nos não atentar para a noção de natureza que estamos desenvolvendo.
Tal noção é um resultado da fabricação do
homem decorrente do racionalismo contemporâneo (VICENTINI & RIZEK, 1993).
Esta fabricação do homem implica em uma fabricação do corpo do homem. Para
GIDDENS (apud KOPPEN, 1994), o corpo está se tomando um fenômeno de escolhas e
opções variando de cuidados corporais e estilo de vida à engenharia genética.
Para este autor, haveria um seqüestro da experiência pelo esconderijo
propiciado por rotinas que separam vida e morte, ser e natureza, o si e o
outro.
Na McDonaldização do mundo (BRETON, 1994) o projeto do self toma-se o projeto do corpo através de
sua medicalização: o corpo passa a ser visto como um
artifício, uma metáfora, algo a ser transformado no que se quer. Para Breton, a
sociedade ocidental fundamenta-se sobre os esquecimentos do corpo que a própria
sociedade produz. Sobre estes esquecimentos, pode ser pensado serem
desenvolvidos os hábitos de modo a criar o que BOURDIEU (1983) chama de habitus de
classe, o resultado de uma orquestração sem maestro e em total sintonia cujo
resultado é, além de graduar as diferenças distintivas, gerar uma segunda
natureza em que natural e social coincidem.
BOURDIEU (ib. p.179) denomina "hexiscorporal" esse esquema corporal característico de
uma classe social onde se exprime toda a relação com o mundo social: o corpo
encerraria os traços e a memória dos acontecimentos sociais, sobretudo os mais
primitivos, tendo como produto certos automatismos. Estes automatismos, ou
esquecimentos, podem ser pensados serem, pois, as notas da melodia que dançamos
sem escutarmos, decorrentes da base material, social e
relacional do modo de vida. Atualmente, esta base seria a cultura do consumo.
O quadro de nicho de desenvolvimento nos
permite situar o corpo, a natureza, e o ambiente. A cultura atrelada aos
aspectos ecológicos, geográficos, históricos, econômicos, culturais, sociais,
educacionais, psíquicos, seria uma resposta adaptativa do grupo a tais
condições, e os valores, normas decorrentes de comportamentos que foram
soluções adaptativas do grupo e que permanecem, ou não, em função desta mesma
adaptabilidade ao contexto total. Os valores poderiam ser pensados, pois, como
adaptações ao nicho ecológico transmitidas culturalmente.
Este quadro compreende os sistemas, como
os geográficos, ecológicos, histórias longas e curtas, que dão origem às várias
temporalidades da história, conforme detectado por BRAUDEL (1983). Ao
compreender níveis diferentes dos vários sistemas dos quais resulta a criança
em desenvolvimento, tal quadro é especialmente útil em estudos comparativos
naturalísticos onde, a partir da observação empírica, são construídos conjuntos
descritivos/explicativos mais ou menos coesos que estarão na interface de
outros conjuntos. Tal é o caminho da interdisciplinaridade em sua tentativa de
construir a transdisciplinaridade.
O
aleitamento materno
Observou-se, nas crianças pesquisadas, um
triplo sistema de amamentação: antecipado, a pedido e por horário.
Concomitantemente, era introduzido regularmente um mingau de nome gomoso, consistindo de uma mistura de
água com farinha, dado com o dedo, muito precocemente, mais usualmente a partir
de um mês de idade. Quando havia mais de um método de amamentação, observou-se
significativamente um aleitamento mais tardio do que quando apenas um sistema
era usado. Além disto, mães mais velhas, o que coincidia com
filhos não primogênitos, tendiam a aleitar mais tempo do que mães mais
jovens.
Presenciamos uma discussão entre a avó e
a jovem mãe de uma menina de um mês de idade. A mãe, freqüentando o terceiro
colegial, era a favor do exclusivo aleitamento materno, com o que a avó era
radicalmente contra, argumentando que tal prática colocava em fisco a vida da
criança pois era impossível saber se esta se achava satisfeita ou não. Esta
família era a mais rica dentre as
pesquisadas, e o bebê era o único que tinha berço na pesquisa, ornamentado com
nove presentes, cada um dado por uma tia, avó ou madrinha. Houve também uma
discussão sobre o uso do berço: a avó dizia que a neta iria preferir a rede,
onde era embalada antes de ser colocada no paramentado berço, enquanto a mãe
tendia a crer que ela iria preferir o berço.
Estas discussões ilustram alguns dos
processos aculturativos pelos quais está passando
esta população, resultando de óticas advindas do saber médico. Tanto o
aleitamento materno quanto o berço foram ditos ser bom para a saúde, o primeiro por causa da dentição e o segundo, por
causa da coluna. Portanto, nas discussões entre a avó e mãe, modernamente informada, estão expressos
os valores que guiaram a sobrevivência do grupo, e os novos valores, que tanto
apontam para o desejo de pertinência ao grupo dominante quanto para a lógica
racional na formação de novos hábitos de onde advirão novos desejos de uma nova
corporalidade a serem preenchidos por novas
mercadorias.
Embora o aleitamento materno seja algo
benéfico para a criança de qualquer ângulo abordado, a imposição de uma norma,
mesmo a mais carreta, é a imposição de uma racionalidade que transforma os que
não a seguem em irracionais, incorretos, marginais, excluídos. Parece que há um
antigo costume, no Piauí, de fornecer alimentação suplementar à criança devido
a alguns fatores, dos quais pudemos apreender os seguintes: a mulher é catadora
de coco, atividade essencial para a sobrevivência familiar. Além disto, ela
realiza inúmeras outras funções, como cozinhar, aguar as plantas, cuidar das
crianças, quebrar o coco, tirar o azeite do coco, fazer carvão do coco, ajudar
na roça, etc.
Assim, ela precisa de todas as suas
forças para executar este conjunto de tarefas, em conseqüência, o gomoso é um auxílio à sobrevivência da
mãe. Esta não se furta ao aleitamento, mas a coleta a faz afastar-se da casa
por longos períodos; ela não pode levar a criança consigo, como fazem alguns
povos de caça e coleta, porque, se o fizer, a criança pode correr perigo devido
à presença de animais e também aos ferimentos causados pela própria coleta,
mas, principalmente, porque se a mãe a levasse, teria de quebrar o coco na floresta,
a fim de reduzir o peso da carga e não perder o ganho, o que aumentaria em
muito o tempo de ausência da casa. Em casa, estão os outros filhos e as
atividades domiciliares aguardando-a. Deste modo, através de um cálculo de
custo-benefício, ela opta por não levar o bebê mas precisa garantir a sua
alimentação, o que faz através do gomoso.
As famílias, extensas, garantem os cuidados à criança. Como todas as mães
entrevistadas exprimiram o mais fundo sentimento de terror quando indagadas
sobre doenças nos filhos, pode-se depreender que, na memória coletiva destas
mulheres, há infinitos irmãozinhos, tios, etc., falecidos precocemente,
ocupando os inúmeros cemitérios de
anjinhos locais. O índice de mortalidade infantil é que conduz a este tipo
de aleitamento que tenta suprir e garantir a sobrevivência da criança e sua
separação da mãe. As mães mais jovens não passaram por experiências com doenças
com os filhos, enquanto nas mães mais velhas é esta experiência que as faz
aleitar por mais tempo, até mais de dois anos, ou, mais precisamente, como
dizem, até ficar buchuda, pois o aleitamento é considerado,
consistentemente por todos os informantes, como inadequado para a criança
imediatamente após a mãe detectar a gravidez.
O
modo de dormir
As famílias estudadas dormem em redes,
geralmente pais e filho caçula em um quarto. Para estas famílias, a
representação dominante é a de que a criança não deve dormir longe dos pais até
quatro, cinco anos, quando, então, terá entendimento. Sua argumentação é que a
criança pode precisar deles sem saber ainda se expressar, de modo que a
proximidade é que garante o cuidado adequado.
Esta formulação coincide com a dos índios mayas mexicanos (MORELLI et al., 1993), assim como com a forma de dormir da
maioria não hegemônica mundial: exceto a "cultura do berço", as
crianças não dormem isoladas até certa idade.
Segundo alguns autores (MCKENNA et al.,
1993), o "co-sleeping", nome dado à criança
que dorme em companhia dos pais, estaria à serviço da
sobrevivência da mesma através da movimentação que a mãe imprime à criança
quando está manifesta desconforto, de modo a impedir a síndrome de morte súbita
infantil. Esta ocorreria porque algumas crianças não teriam ainda desenvolvido
certos sistemas de auto-regulação.
O que ressalta da observação do Piauí é
que partes fundamentais da relação de apego mútuo - mãe-bebê,
pai-bebê e casal-filhos – são realizadas
durante a noite através desta proximidade. A criança, cuidada durante o dia por
várias pessoas dado tratar-se, geralmente, de famílias
extensas onde os cuidados são divididos entre membros da família, recebe, à
noite, o reforço de sua identidade como filho. Como disse uma entrevistada:
"se não dormisse junto, como ia saber de quem era filho !"
DIBIE (1988), em seu estudo etnológico
sobre o quarto de dormir, aborda o tema da rede a partir das práticas
indígenas, referidas desde 1525, comentando como esta prática se liga a todo o
sistema de vida indígena e como a introdução dos leitos foi parte do etnocídio
progressivo a que esta população foi sujeita, assim como: o chão de cimento; as
casas com aberturas e não protegidas contra a claridade; a sedentarização
das casas ao invés dos ajustes móveis; a eletricidade atraindo insetos ao invés
dos telhados de folhas para afastar insetos; das constantes varreduras, etc.
Nós acrescentaríamos a esta lista a calça plástica que propicia assaduras e que
interrompe o processo de aprendizagem mútua e espontânea entre mãe e criança a
respeito do funcionamento do corpo.
O
treino de toilete
Acreditamos que, central à noção do
corpo, está a do manejo dos dejetos e de sua representação. Na zona rural, o
marinho corresponde ao nosso banheiro, enquanto seu banheiro é o lugar de tomar banho e lavar roupa. A criança
introduz-se nos hábitos de higiene por imitação, podendo haver um auxílio a
isto através da antecipação pelo responsável devido à ausência de roupas. Até
andar e poder ir ao mato, a criança realiza suas necessidades no local onde
está, sem ocasionar nenhum tipo de reação do adulto. O não, que na nossa cultura urbana fica associado ao controle
esfincteriano, na zona rural piauiense só foi observado na proibição de
manipular objetos e sair de casa desacompanhado. Além disto, as crianças são banhadas diversas vezes ao dia devido o calor. O corpo,
deste modo, não é uma metáfora, um artifício, estando no centro das relações
entre dentro/fora, enquanto em nosso meio, estão no centro destas relações, os
objetos.
O desenvolvimento infantil pode ser dito
ocorrer em torno de duas vertentes: a dependência / apego / afeto / lugar e a
independência/ exploração / autonomia / espaço; enquanto a primeira pode ser
dita como o adulto dá-se à criança, a segunda refere-se a como o mundo é dado à
criança. A educação dá-se em torno destes dois eixos que não são opostos, mas
complementares, formando o sistema de cuidados.
No caso do Piauí, foi observado que,
embora precocemente as crianças adquirissem independência nos hábitos
cotidianos, não havia uma representação de um espaço de autonomia ou autodeterminação
para elas, mas de reprodução dos padrões existentes de tal modo que a liberdade
era vista como uma semente da insubordinação. Ao mesmo tempo, havia um
funcionamento familiar e social que pudemos denominar de interdependente, ou
seja, que da sobrevivência do grupo dependia sobrevivência individual. Deste
modo, pareceu-nos coerente que a autonomia não fosse um valor deste grupo, mas
que o próprio grupo, e não seus membros, fossem colocados no centro. Contudo,
nossa sociedade ocidental está baseada na autonomia individual como valor
libertário; além disto, está no centro de teorias pedagógicas em que a
autodeterminação e auto-realização são seu motor e meta, e de teorias em que a
autonomia é definida como a internalização de processos anteriormente realizados fora.
O humano é social, e tudo o que é
internalizado originou-se de relações sociais; o que o estudo do Piauí fez ver
é que a colocação do conceito de autonomia, em posição central, pressupõe um
modelo de homem e de ciência que pode não ser de todos os homens.
Considerações
finais
Este estudo nos fez refletir que, se a
natureza é um conceito social, então há vários conceitos sociais de natureza. O
conceito social de natureza, e de natureza humana, no grupo estudado, está mais
próximo, segundo pensamos, de uma natureza não fabricada do que as construções
de corpos e naturezas em cidades.
Este estudo nos fez refletir, também, como
nós - os brasileiros – somos/estamos no Piauí, isto é, de que não se trata de diferenças sócio-regionais, mas de um
reconhecimento de experiências pelas quais podemos nunca ter passado
individualmente mas que fazem parte de nossa identidade como brasileiros.
BIBLIOGRAFIA
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Notas
[1] Esta pesquisa inscreveu-se em um projeto do Centro
Regional de Desenvolvimento Infantil-Piauí, e foi
coordenada pelo Dr. Everardo
de Carvalho, da CNBB - Pastoral da Criança, a quem agradecemos pela
oportunidade de realizá-la. O trabalho de campo foi possível devido ao auxílio
de Maria do Carmo de Senna Vieira e Antonieta Soares Lira; líderes comunitárias
da Pastoral em união, das psicólogas Aparecida Magali de Souza Alvarez e Everjane Cordeiro. Apoio financeiro: CNBB-Pastoral
da Criança e Fundação B. van Leer.
[2] Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia
Experimental/USP, doutoranda em Psicologia Social/USP, Bolsista FAPESP,
pesquisadora do Centro de Estudos do Crescimento e Desenvolvimento Humano -
CDH. End.: Av. Dr. Arnaldo, 715; subsolo sala 21, São Paulo - SP, CEP 01246-904
Fone /Fax: (011) 3061-3572
Fonte
RABINOVICH, E. P. O Viés Etnocêntrico:
Uma Tentativa de Analisar Algumas Questões Desenvolvimento Infantil a Partir do
Estudo de Crianças do Interior do Piauí. Rev.
Bras. Cresc. Desenv. Hum., 5 (1/2), 1995.