CAMPANHA ESTADUAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL/AM

 

TRABALHO INFANTIL COMPROMETE O FUTURO 

TIRE ESSE PESO DA CONSCIÊNCIA

 

 

Projeto

 

As Escolas no Combate ao Trabalho Infantil

 

 

Atividades que podem ser desenvolvidas nas Escolas

 

1. Pesquisa nas Escolas sobre o trabalho infanto-juvenil, sobretudo, para constatar o trabalho doméstico, conforme ficha anexa.

 

2. Palestras sobre o trabalho infanto-juvenil, para alunos, pais e mestres.

 

3. Discussão, em sala de aula, sobre o tema.

 

4. Estudo e pesquisa sobre o tema.

 

5. Trabalhos escolares sobre o tema, tais como:

 

. Composição

. Compreensão e interpretação de textos sobre o trabalho infantil

. Teatro

. Música

. Desenho/pintura

. Testes de conhecimentos, envolvendo as diversas disciplinas em torno do tema trabalho infantil

. Maratona cultural sobre o tema

. Exposições

. Desafios

 

6. Concurso sobre o tema, aproveitando esses trabalhos ou algumas modalidades das sugestões apresentadas.

 

7. Inclusão do tema nos desfiles escolares da Semana da Pátria e do Amazonas.

 

8. Inclusão do tema nas Horas - Cívicas.

 

9. Desenvolvimento do tema na Semana da Criança.

 

10. Inclusão do tema, bem como dos demais direitos e deveres da Criança e do  Adolescente nas propostas pedagógicas das escolas.

 

 

Campanha Estadual de combate ao Trabalho Infantil /  AM

Trabalho Infantil Compromete o Futuro. Tire esse peso da consciência!

 

Pesquisa nas Escolas sobre o Trabalho Infantil

 

Escola: _______________________________________ Fone:___________

 

Aluno (a): _____________________________________________________

 

Idade: _________  anos   Série: _________  Turno: ____________________

 

Pai: _______________________________  Profissão: __________________

 

Mãe: _______________________________  Profissão: _________________

 

Endereço: __________________________________________ n. °_________

 

Bairro: ___________________ Cep:  ________________ Fone: ___________

 

Mora com os pais? Sim ( ) Não ( ) Nome da pessoa com quem mora: ________

 

Endereço: __________________________________________ n. °_________

 

Bairro: ___________________ Cep:  ________________ Fone: ___________

 

Participação em programas sociais:  PETI ( )  Bolsa-Escola ( ) Agente Jovem ( )

 

Outros ( )  ____________________________________ Nenhum( ) _________

 

Condições de trabalho

 

Local ou locais de trabalho: _________________________________________

 

Atividade que desenvolve: __________________________________________

 

Horário de trabalho: Início: _____ : _____  horas Término: ___ : _____ horas

 

Dias da semana em que trabalha: . ___________________________________

 

Salário: _______ p/ dia R$ p/ semana ___________ R$ p/ mês R$ __________

 

Empregador: ____________________________________________________

 

Endereço: __________________________________________ n. °_________

 

Bairro: ___________________ Cep:  ________________ Fone: ___________

 

Você tem Carteira de Trabalho assinada pelo patrão? Sim ( ) Não ( )

 

Já sofreu acidente ou alguma espécie de agressão / constrangimento no ambiente de trabalho?

Qual? _________________________ Por quem? _______________________

 

Observações:____________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

 

 

PRONUNCIAMENTO DE FÉ (CREUZA BARBOSA)

 

Proferido, sob forma de jogral, pelas autoridades mirins, crianças  representando autoridades no aniversário da Campanha de Combate ao Trabalho Infantil/AM, em Manaus, 14/1 1/2002.

 

1. Que nenhuma criança seja obrigada a trocar os brinquedos, os materiais escolares por instrumentos de trabalho.

 

2. Que nenhuma criança seja obrigada a trabalhar, nem precise pedir esmolas em nome da sobrevivência.

 

3. Que gente grande se envergonhe de ver criança nos lixões, catando restos para comer.

 

4. Que o trabalho infantil, muito em breve, seja apenas um episódio do passado.

 

5. Que nenhuma criança, nenhum adolescente seja vítima de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

 

6. Que toda criança possa nascer e crescer sadia, com dignidade, respeito e liberdade.

 

7. Que toda criança tenha um lar, uma família e o carinho de seus pais.

 

8. Que nenhuma criança, nenhum adolescente fique fora da escola, mas estude e tenha sucesso.

 

9. Que todo adolescente tenha a oportunidade de se preparar para o mundo do trabalho.

 

10. Que toda criança possa brincar, e correr, e fazer peraltices, aproveitar bem a sua infância, exercendo o seu sagrado direito de ser criança.

 

11. Que gente grande trate as crianças, todas as crianças como crianças que são.

 

12. Que toda criança possa dormir, e sonhar, e acordar sorrindo, com vontade de continuar sonhando, e que os seus sonhos não sejam destruídos pelos erros de gente grande.

 

13. Que gente grande promova, concretamente, as mudanças de que tanto o Brasil precisa para sermos felizes. (Todos).

 

 

Os Catadores de lixo e o Prefeito de Tereré (na Capital):

 

Desafio (Creuza Barbosa )

 

Senhoras e Senhores,                                             

Venho aqui me apresentar.

Tenho apenas oito anos

Meu nome ... deixa pra lá!

 

Represento as crianças

Zé Maria ou Maria José

Que ganham o pão catando resto

No lixão de tereré.

 

De Tereré sou o Prefeito

Muito honrado e bem querido

Isso aí é armação

Desse moleque atrevido.

 

Atrevido não sou não

Mas reajo num segundo

Se o senhor me provocar,

Vou botar a boca no mundo.

 

Botar a boca no mundo,

Nada vai adiantar.

Lá eu sou autoridade

Ninguém vai me derrubar.

 

Derrubar não vem ao caso,

Só insisto na verdade:

As crianças catam lixo

Por total necessidade.

 

Necessidade existe sim,

Não se pode ignorar,

Mas criança em Tereré

em primeiro lugar.

 

Esse grande privilégio

Tem sentido deprimente:

É criança ser tratada

Como o próprio indigente.

 

Indigente não existe,

Isso é coisa do passado.

Acabei com a miséria

Não há um desamparado.

 

 

Está cego o Seu Prefeito

Que não vê a meninada

Disputando com os bichos

Restos de coisa estragada.

 

Estragada é a tua memória

Que não lembra o que eu já fiz

Escolas, postos de saúde,

Ruas, praças , chafariz.

 

Eu me lembro muito bem

Do que fez o Seu Prefeito:

Mil promessas na campanha

Que acabou sendo eleito.

 

Chega de tanta injúria,

Curumim mais abusado!

Fecha agora esse teu bico

Ou te entrego ao juizado.

 

Me entregar ao juizado

Tão pió para o Senhor

Vou dizer tudo o que eu sei

Ao Juiz e ao Promotor.

 

Num pestinha mentiroso

Ninguém vai acreditar.

Nem Juiz nem Promotor

Nem o meu povo de lá.

 

De Tereré, de lá não sei,

Mas importa aqui dizer

Que a criança só precisa

Como criança viver.

 

Vou pensar nesse teu caso

Reunir meu pessoal

Discutir com a Secretária

De Assistência Social.

 

Não pense, Prefeito, aja!

Sem desculpa e sem demora,

Tire as crianças do lixo

E as coloque na Escola!

Trabalho Infantil Doméstico: Um caso entre tantos.

 

Lembro como se fosse hoje. Eu era uma criança. Tinha apenas nove anos, quando comecei a trabalhar na condição de doméstica.

 

Vim para a capital, na esperança de estudar e, um dia, me tornar professora.

 

Mas aquele sonho de menina do interior de repente desapareceu como bolha de sabão.

 

Passei a trabalhar desde a madrugada até a noite, sem descanso, nem mesmo aos domingos. Escola e brincadeira, nem pensar.

 

Diariamente, era obrigada a lavar quatro banheiros, varrer toda a casa de dois pisos e um porão e limpar os móveis.

 

De dois em dois dias, tinha que encerar os quartos, salas e saletas, a escada e até o piso do jardim.

 

Quando faltava energia, o que era uma rotina, lá estava eu a usar um escovão de ferro tão pesado que só faltava arrancar meus braços.

 

Além disso, ainda tinha que cuidar de duas outras crianças. .

 

Nunca recebi salário algum.

 

Durante dois anos de escravidão, recebi apenas uma sandália, dois vestidinhos novos e alguns outros usados. Somente.

 

Longe da minha família, sofri e chorei, amargamente. Só Deus sabe.

 

Fui explorada, e espancada, e humilhada...

 

 

O sofrimento era tão grande que quase perdi a esperança, a fé e o sentido de viver.

 

Hoje, vendo as pesquisas apontarem um alto índice do trabalho infantil doméstico, fico lembrando aquela desventura, todo aquele sofrimento que destruiu parte da minha infância, deixando em mim uma enorme cicatriz que a carrego para o resto da vida.

 

Sinto dentro d'alma, no mais recôndito do meu ser, um misto de profunda tristeza e indignação, e preocupação com as crianças que estão sofrendo o que eu sofri.

 

Então pergunto:

- Até quando, meu Deus, crianças, desde a mais tenra idade, serão obrigadas a suportar tamanha violência, tamanha crueldade?

 

- onde estão os direitos dessas crianças, legal e constitucionalmente assegurados?

 

Que País é este, que não é capaz de fazer valer suas próprias leis; nem mesmo as que protegem, com absoluta prioridade, a criança e o adolescente?

 

- Que País é este?!...

 

Ora, o País somos nós, a família, a sociedade e o Estado. Portanto, somos todos nós que temos a obrigação de mudar essa realidade perversa.

 

Manaus, 27 de abril de 2003.

 

Creuza Ferreira Barbosa

Auditora Fiscal do Trabalho

Coordenadora GECTIPA / AM

 

 

COLEGIO DOM BOSCO

1921 - 2001

 

LINGUA PORTUGUESA

 

Leia, atentamente, o poema de Creuza Ferreira Barbosa

 

                A P E L O

 

Você aí                                          E você!

de bom senso                                Você que vai

você de boa fé                               você que vem

PARE                                             você que está

Pare de comprar bala                    pare agora,

Salgadinho e picolé                       e lhe dar esmola!

Fruta em saquinho                         Criança precisa

Amendoim, tudo, enfim,                 é de Escola.

Que vende a criança.

                                                    Pare de ficar parado!

Você, também                              Esperando o que?

Você, também                              Esperando o quê?

Pare de comprar jornal                 Enquanto isso

Pare de vez                                  criança, feito bicho

de ser freguês                               revira o lixo

de criança!                                   Catando o que comer

 

dê mais não                                  você não vê?

dê mais não                                  você não vê?

seu sapato                                    Que o tempo

pro garoto engraxar                      está passando

nem o seu carro                            e a infância

pra ele vigiar                                 se perdendo

                                                       e a Escola

Você daqui                                   vai ficando

você de lá                                     pra depois?

pare de fazer                                       

pare de fazer                                E depois....

a criança                                       E depois...

trabalhar!                                      O que será

                                                    dessa criança?

 

 

 

01. Qual o tema principal ......

 

      a) Trabalho escravo

      b) Trabalho do adolescente

      c) Trabalho infantil

      d) Trabalho da criança no mercado informal

 

02. Assinale a alternativa que melhor interpreta o seguinte verso::  “Você, de boa fé”.

 

 

      a) uma pessoa caridosa;

      b) uma pessoa de bom coração;

      c) pessoa que gosta de ajudar as crianças;

      d) A intenção da pessoa a ajudar a criança, sem perceber que está prejudicando-a;

 

 

03. Assinale a alternativa correta e mais completa que preenche as lçacunas da frase:

 

 

      APELO é uma convocação dirigida........................ e ......................

 

a)Aos pais e exploradores do trabalho infantil

b)                      As pessoas de bom senso;

c)Aos empregadores e aos pais;

d)                      À sociedade em geral e a cada cidadão em particular

 

 

04. Indique o (s) verso (s) em que o autor chama a atenção das pessoas, que se mantém indiferentes aos problemas do trabalho infantil

 

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________



05. Reescreva o período abaixo, substituindo a expressão comparativa destaca por conjunções comparativas equivalentes

 

 

a)  Todas as crianças têm direito a escola que nem eu

b______________________________________________________________

c______________________________________________________________

d______________________________________________________________

e______________________________________________________________

 

 

 

06. Qual a idéia que passa a expressão que nem nas frases

 

a)      As crianças que nem estudam, são prejudicadas seriamente.

 

b)      Ontem, vi um menino catando lixo para comer que nem bicho.

 

c)      Você, que nem pensa nessa criança trabalhadora, que futuro espera?

 

d)      Nos últimos dias, tenho estudado tanto que nem um “ratinho de biblioteca”.

 

07. Justifique o emprego dos seguintes pronomes nas orações:

 

a)                      Estes são os sentimentos que precisamos ter para ajudar as crianças : amor, carinho e afeto.

 

b)                      Essa próxima semana, haverá o período de provas.

 

c)                      Aquela encomenda é sua, Matheus?

 

d)                      Katarina, essa carteira é sua?