Projeto da Serra

 

 

Centro Talcott de Direito e Justiça

ProActive ReSolutions Inc. (Sidney, Austrália)

Vara Judicial da Infância e Juventude do município de Mairiporã (SP)

Diretoria de Ensino da região de Caieiras.

 

 

Resumo

Este estudo comparado é um experimento social, semi-controlado, com intervenção ativa nos casos de violência escolar, concebido por Centro Talcott (SP) e ProActive ReSolutions Inc. (Sidney, Austrália), iniciativa da Vara Judicial da Infância e Juventude do município de Mairiporã (SP) e da Diretoria de Ensino da região de Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã (Estado de São Paulo).

 

Objeto

 

Descrever e avaliar o Projeto da Serra, programa multissetorial de prevenção de violência e solução de conflitos em âmbito escolar, em fase de implantação inicial em três municípios, realçando prestação de serviços integrados de garantia dos direitos humanos e ampliação do acesso à justiça, e focalizando comunidades com elevados indicadores de exclusão social e/ ou consideradas vulneráveis – em particular, jovens expostos a situação de risco e violência.

 

O programa introduz inovações metodológicas e ferramentas de planejamento, monitoramento e avaliação de políticas multissetoriais de prevenção social e situacional. A ênfase é na gestão municipal através do Sistema de Justiça (Judiciário, Ministério Público, Conselhos Tutelares) e da rede de atendimento à criança e adolescentes, tal como prevista no Estatuto da Criança e Adolescente, visando, sempre, a resolução de conflitos.

 

Objetivos

 

Subsidiar – uma vez comprovada a eficácia das mencionadas metodologias e ferramentas – programas de prevenção já implantados, ou em fase de implantação, como os Centros Integrados de Cidadania, cujo projeto de mediação comunitária focaliza desavenças e questões do cotidiano, ao passo que o principal componente do Projeto da Serra, câmaras restaurativas, lida com conflitos com vítimas e prejuízos materiais, morais e relacionais no âmbito escola com reflexos nas Varas da Infância e Juventude.

 

Justificativa

 

Considerar a dinâmica do programa a partir de uma gradação de exclusão e marginalização, do melhor município para o pior, através de comparação de indicadores revelando o desempenho das práticas (componentes ou “vacinas”) aplicadas, durante o decorrer do estudo, em três amostras (compostas de 12 escolas do ensino médio e 1 do ensino fundamental). As ferramentas do programa foram concebidas para minorar degradação, onde já instalada, e evitar a piora, onde a mesma se anuncia, de vez que as condições de ocupação são semelhantes. Com isso, os dados podem (e devem) variar, podendo a vulnerabilidade de um determinado lugar se mostrar mais potencial do que real.

 

Nos termos do estudo as fontes de registro de dados são [1] as Varas Judiciais da Infância e Juventude através de processos por atos infracionais e execuções de medidas socioeducativas aplicadas envolvendo conflitos oriundos das escolas; [2] Consegs e direções das escolas (dados qualitativos e quantitativos de exclusão, marginalização e vulnerabilidade); [3] Fundação Seade (“índice de vulnerabilidade juvenil”: composto, entre outras variáveis, por taxas de mortalidade por homicídio de jovens, mães adolescentes etc.), e [4] questionário para medir o “ambiente escolar” nos estabelecimentos que compõem as amostras (incluindo índices de imaturidade, pressão dos colegas, ausência de propósito e de significado, comportamento auto-destrutivo, incluindo uso de álcool e drogas).

 

Metodologia e plano de trabalho

 

Canteiros de pesquisa

Formados, visando comparabilidade, por três amostras compostas de 12 escolas ensino médio (4 em Caieiras, 5 em Mairiporã e 3 em Francisco Morato) e uma do ensino fundamental (em Francisco Morato).

 

Pré-teste

Prévia classificação das escolas segundo sua diversidade (características das famílias dos alunos, alunos que trabalham etc.) e o ambiente escolar (consumo de álcool e drogas, vitimação, medidas disciplinares, envolvimento das famílias, satisfação dos mestres) – variáveis que condicionam a efetividade do ensino e do aprendizado, por meio dos recursos que a escola oferece, e do compromisso das famílias com a educação de seus filhos.

 

Componentes (“vacinas”)

Modos de tratamento usados experimentalmente para alterar atitudes, comportamentos, a situação, condição ou função de indivíduos ou organizações (escolas, família, comunidade). A saber:

 

Componente n° 1: Câmaras restaurativas

Procedimento exaustivamente avaliado em vários países e, no Brasil, aprovado e recomendado pelo XV Congresso Nacional do Ministério Público (outubro de 2003) para implementação nacional, como modo complementar de justiça. A função das câmaras é resolver conflitos, impedir que se repitam ou venham a escalar, tornando-se mais graves e desgovernados. A lógica das câmaras é transformar conflitos em cooperação, especialmente em contextos que enfrentam violência e desordem crescentes, capacitando os atores a suportar o ônus de decidir o que fazer em circunstâncias difíceis (envolvendo, por exemplo, indisciplina, conduta inadequada de pais ou professores, desmotivação dos alunos, ameaças, truculência, depredação, furto, assaltos, agressão etc.).

                  Que é uma câmara restaurativa? Uma reunião de pessoas afetadas por conduta causadora de dano grave (perda de propriedade, lesão corporal, clima de insegurança).

                  Quem participa? Infrator, vítima, respectivos apoios, seja de familiares, seja de amigos, e autoridades (direção da escola, polícia, Conselho Tutelar, dentre outros), convidados por um conciliador devidamente treinado.

                  Procedimento

(1)                       Direção da escola encaminha problemas que transcendam a esfera meramente disciplinar ao conciliador;

(2)                       Tentativa de mediação do conflito por parte do conciliador ou, se entender o caso, decisão por este  se é o caso de convocar uma câmara restaurativa, informando, então, o Poder Judiciário;

(3)                       O conciliador, à vista de cada problema,  seleciona, contata e convida os participantes da câmara, visando o envolvimento de outros atores que possam contribuir para a solução do conflito;

(4)   O conciliador prepara e dirige os trabalhos;

(5)   Chegando a bom termo, o conciliador redige um acordo entre as partes;

(6)  O acordo é encaminhado ao Poder Judiciário, que determinará a autuação do mesmo, submetendo-o à apreciação do Promotor de Justiça e, com sua concordância, o homologará;

(7)   O conciliador, por manter contato com as partes envolvidas no ambiente escolar, avaliará os resultados, acompanhará os participantes, disseminará e reproduzirá conhecimentos.

                  Como acontece a sessão da câmara? Os participantes têm chance de relatar os acontecimentos, espontaneamente e a partir do seu próprio ponto de vista, narrando o que ocorreu desde então, adquirindo, com isso, claro entendimento sobre as conseqüências do comportamento em questão, além daquilo que deve ser feito para que os danos sejam de algum modo reparados, minimizando efeitos negativos futuros. Ao fim da  reunião é lavrado um termo, assinado por cada um dos participantes, que recebem cópia do acordo.

                  Qual o conteúdo dos acordos? Os termos podem incluir pedido formal de desculpas, garantia de que o comportamento prejudicial não voltará a ocorrer, ressarcimento dos danos(em dinheiro, quando envolvidos particulares, em serviços, se afetar o patrimônio público, por exemplo), além de compromisso de assumir um comportamento adequado. O objeto do acordo depende da capacidade do grupo de levantar condutas passíveis de atender às demandas.

                  Quanto dura? Depende da complexidade e das circunstâncias do incidente, do número de pessoas envolvidas ou interessadas em tomar parte. A duração média esperada é de 90 minutos.

                  Quais serão os resultados (envolvem vários atores do processo, com reflexo não apenas no ambiente escolar, mas também na família, comunidade e na Justiça)?

Para os jovens: haverá, através das técnicas de mediação e conciliação, um preparo para a participação na solução de conflitos, e, por meio das câmaras restaurativas, um aprendizado da natureza complexa destes conflitos, sendo necessário o envolvimento dos vários atores afetados e compreensão da multiplicidade de fatores relacionados. Ademais, evita-se a estigmatização que recai sobre todo aquele que se envolve em conflitos, facilitando processos inclusivos, com melhoria do processo pedagógico;

Para a escola, haverá diminuição dos conflitos com reflexo no aprendizado dos alunos, uma melhor interação entre professores e alunos, e resgate da autoridade escolar;

Para a comunidade, haverá maior envolvimento, e não apenas dos familiares, nos problemas dos alunos e da escola, com fortalecimento do trabalho em rede;

Para a Justiça, ampliará o acesso da comunidade, especialmente dos jovens, ao Judiciário, garantindo-se uma maior efetividade das decisões pelo envolvimento dos vários atores envolvidos, além da possibilidade de desafogamento dos serviços forenses. Com efeito, uma vez assentada a autoridade da câmara e incorporados os procedimentos conciliatórios em ambiente escolar, pode-se cogitar de se tornar prescindível a homologação dos acordos, havendo intervenção judicial apenas em caso de descumprimento.

 

Componente n° 2: Organização e gestão de sala de aula

Esta ferramenta tem em vista mudar a política disciplinar das escolas, por meio de  técnicas de monitoramento e acompanhamento avaliadas internacionalmente em diversos contextos, adaptadas às condições e situações das escolas estudadas e do seu entorno.

 

Componente n° 3: Software para informar decisões em particular sobre comportamento difícil, sugerindo alternativas e melhores cursos de ação.

 

Componente n° 4: Atmosfera de avaliação e revisão

Criada e conduzida por uma "equipe de implementação" em cada escola. De acordo com a mesma lógica, será criado um Comitê Gestor (composto pelos pesquisadores do Centro Talcott, da diretora regional de ensino da região e da agente de comunicação da Ouvidoria da Secretaria Estadual de Educação, e, de cada cidade envolvida, o juiz e promotor da infância e juventude, o presidente dos Conselhos Tutelar, Municipal de Direitos e de Segurança), para mobilizar a comunidade, supervisionar e dar legitimidade política e legal ao experimento.

 

Referências metodológicas

 

Estudo de Charleston: pesquisadores norte-americanos conduziram com êxito um experimento em 8 escolas do ensino médio, para testar um programa visando melhorar a conduta de adolescentes, através de maior transparência e a consistência das regras disciplinares, aperfeiçoamento da organização e administração das salas de aula, freqüência maior de comunicação entre família e escola, e reforço de comportamentos adequados;

 

Estudo de Queensland: experimento conduzido com ótimos resultados pela Secretaria de Educação dessa região australiana, em 75 escolas de ensino fundamental, médio e especial, para testar a eficácia de câmaras restaurativas na resolução de conflitos graves (causados por indisciplina e violência).

 

No período de um ano as câmaras foram convocadas 56 vezes, tendo o estudo avaliado o impacto dos incidentes, o grau de influência das câmaras no comportamento dos infratores, o grau de percepção do processo de reintegração social por parte dos principais envolvidos, os efeitos nas relações entre famílias e escolas, o impacto sobre o modo de proceder das próprias escolas, e os efeitos nos índices de exclusão, marginalização e vulnerabilidade dos adolescentes;

 

Projeto Jundiaí: Experimento promovido por Centro Talcott, Conseg e Diretoria de Ensino em 26 escolas do ensino médio, para testar um programa preventivo visando estabelecer capacidade de auto-regulação de conduta pelos próprios alunos, por meio de normas inteligíveis, expectativas claras, condições adequadas de segurança, encorajando as famílias a estabelecer disciplina e vínculos sociais nítidos e consistentes.

 

Desse estudo serão aproveitadas suas premissas de implantação, a saber, (a) aproximar pesquisa e implementação; (b) identificar e medir as variáveis mais adequadas; (c) incorporar os papéis e as atividades de quem concebe, implementa e avalia; (d) concentrar-se em mudanças de caráter normativo; (e) privilegiar transparência, enfatizando comunicação, colaboração e planejamento

 

Cronograma físico

 

Antes de iniciar o estudo, já se informou e sensibilizou parceiros potenciais, compondo-se as amostras com escolas voluntárias, e definiu-se, de modo conjunto, o procedimento de atuação e o perfil dos conciliadores.

Mês 1: classificar as escolas por grau de diversidade, e executar pré-teste (avaliando o ambiente escolar através de questionário a professores e alunos). Reunião com a comunidade escolar de cada unidade envolvida, apresentando o projeto e convidando os interessados a participar do projeto.

Mês 2 e seguintes: (A) Treinamento de professores, funcionários e alunos (sessões iniciais por 3 dias sobre princípios e técnicas de conciliação e de câmaras restaurativas), encaminhando-se os nomes para nomeação pelo juízo da infância local como conciliadores. (B) Realização, durante o período do experimento,  de sessões de conciliação e de câmaras restaurativas, tantas quantas se apresentem necessárias em cada unidade escolar, a partir dos problemas levantados pela comunidade envolvida; (C) Acompanhamento através de reuniões periódicas e com o Comitê Gestor. (D) Ao final do estudo, mais 2 dias de treinamento para quem conduziu câmaras na prática. (E) Certificação dos conciliadores, segundo normas internacionais de formação e efetiva competência, capacitando-os ao treinamento de novos conciliadores para ampliação das câmaras restaurativas para outras unidades escolares e, eventualmente, para outras cidades. (F) Organização de um site para responder a dúvidas, disseminar informação e resultados da pesquisa, e distribuir material de apoio.

Mês 6: reaplicação do questionário e validação do experimento, verificando o grau de satisfação das pessoas afetadas pelos incidentes/ infrações, o grau do impacto do Programa sobre a conduta dos infratores, o grau de percepção desse impacto pelo infrator e a vítima, o grau de empatia do infrator provocado pelo Programa, o grau do impacto do Programa sobre as relações entre  famílias/ juizados/ comunidades, bem como sobre o processo de implementação das câmaras sobre a estrutura e os procedimentos da Justiça da Infância e Juventude, e, por fim, como isto se refletiu nos índices gerais de violência e criminalidade. Realizar-se-á, à vista destes resultados, um workshop/ treinamento de um dia para as escolas da região que não participam do estudo, com a presença de funcionários, parentes dos alunos, policiais, entidades e pessoas que precisam/querem saber sobre câmaras restaurativas, visando sua difusão e ampliação.

Um ano depois do término do experimento: retomada do processo avaliador, focalizando a “rotinização” do Programa: aplicação de câmaras no período, capacidade das pessoas de diagnosticar situações de conflito corretamente e de resolver se usam procedimentos restaurativos em parte ou completamente. A reavaliação pretende verificar se, tendo sido expostos ao processo restaurativo, os atores passaram a utilizá-lo na vida cotidiana, em sala de aula, em família e na comunidade, desativando situações potencialmente explosivas e resolvendo problemas na medida em que surjam, sem terem de preparar uma câmara, reservada para conflitos com vítimas e danos. Além disso, verificar-se-á a utilização do site para o sistema e se houve efetiva implantação de processos restaurativos no currículo escolar.

 

Cronograma financeiro

·        Concepção, direção (incluindo organização de equipe técnica e de apoio), execução (incluindo elaboração de material, e treinamento e certificação de conciliadores, com a participação de John M. McDonald, especialista internacional), e  avaliação: R$ 120.000,00

·        Elaboração do material (incluindo direitos autorais do software, editoração e reprodução de vídeos): R$ 30.000,00

·        Transporte (incluindo combustível e manutenção): R$ 12.000,00

·        Despesas de escritório (incluindo remuneração de auxiliares): R$ 15.000,00

·        Material de escritório: R$ 10.000,00

·        Aluguel (6 meses): R$ 12.000,00

 

Bibliografia

Barnes, G.C.; L.W Sherman; H. Strang. Rise working papers, vol. 1 a 4. Canberra: Australian National University, 1997

Department of Education, Queensland, School discipline: managing student behaviour in a supportive school environment, Brisbane, Doe, 1998

Gomes Pinto, Renato S. Proposta de implantação experimental de câmaras restaurativas. XV Congresso Nacional do Ministério Público, Gramado, out. 2003

Gottfredson, D.C. School-based crime prevention. Preventing crime: what works, what doesn’t, what’s promising (L.W. Sherman et al., org.). Washington DC: Office of Justice Programs / U.S. Department of Justice, 1997

Gottfredson, D. C.; G. D.  Gottfredson; L. G. Hybl. Managing adolescent behavior. A multiyear, multischool study. American Educational Research Journal, 30 (1), 1993.

Kenney, Dennis J.; T. Stuart Watson. Crime in the schools: reducing fear and disorder with student problem solving. Washington, Police Executive Research Forum, 1998.

Scuro Neto, Pedro. Câmaras restaurativas: a Justiça como instrumento transformador de conflitos. Encontros pela Justiça na educação (Afonso A. Konzen, org.), Brasília, MEC/ Banco Mundial, 2000

Thorsborne, Margaret. Community conferencing and transformative justice: some history and philosophy. Queensland, Transformative Justice Austrália, 1998

 

Currículos

A. Diretor acadêmico

 

1. Atuação profissional/ local de trabalho

 

NOME: Pedro Scuro Neto

INSTITUIÇÃO: Centro Talcott de Direito e Justiça

E-MAIL: talcott@uol.com.br

SITE: preparado pelo International Centre for Justice and Reconciliation, Washington, DC  <http://www.restorativejustice.org/rj3/Leading_Edge/PedroScuroNeto.htm>

CARGO/ FUNÇÕES: Diretor/ pesquisador, diretor de pesquisa

DIVISÃO/ UNIDADE: São Paulo, Brasil

INGRESSO (MÊS/ ANO): dezembro de 1998

ENDEREÇO PROFISSIONAL: Rua Pimenta Bueno, 522

CIDADE: São Paulo

UF: SP

CEP: 03060-000

TELEFONE: (11) 6692-8659

 

2. Titulação/ formação acadêmica

 

Graduação

CURSO: Ciências Sociais

INSTITUIÇÃO: Universidade de São Paulo/ Universita 17 Listopadu

CIDADE: São Paulo/ Praga

PERÍODO: 1968-1969/ 1969-1972

PAÍS: Brasil/ Tchecoslováquia

 

Mestrado - M.Soc.Sc. (mestre em ciências sociais)

CURSO: Ciências Sociais

INSTITUIÇÃO: Universita 17 Listopadu, Faculdade de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia

CIDADE: Praga

PERÍODO: 1972-1973

PAÍS: Tchecoslováquia

 

Doutorado - Ph.D. (doutor em ciências)

CURSO: Sociologia/ Ciência Política

INSTITUIÇÃO: University of Leeds, Departamento de Sociologia e Políticas Sociais

CIDADE: Leeds

PERÍODO: 1975-1979

PAÍS: Inglaterra

 

3. Áreas de atuação

 

Segmento/ atividade

 

Ensino: professor universitário de Sociologia Geral, Sociologia Jurídica, Ciência Política (Teoria do Estado) a alunos de Direito (graduação e pós-graduação), e de Cooperação Internacional a alunos do curso de Relações Internacionais; desenvolvimento de programas e metodologia de ensino em todas essas áreas

 

Pesquisa e consultoria: políticas públicas baseada em evidências, “best practice” e experimentos ativos; justiça restaurativa.

 

4.  Atividade atual

 

Direção e administração; pesquisa e desenvolvimento – Centro Talcott: concepção e implementação de projetos de acordo com demanda e cronograma institucionais, identificando fontes de financiamento, selecionando equipes de pesquisa, administrando recursos físicos e humanos; disseminação de programas e desenvolvimento de capacidades de pesquisa em outros projetos, no Brasil e no exterior (através da participação em seminários, apresentações, comitês, encontros, colaboração entre instituições públicas, centros de pesquisa, servindo como mentor de colegas etc.); câmaras restaurativas: teoria, prática e suas relações com a Justiça, sociedade, prevenção e redução de violência.

 

5. Experiência profissional (últimos 5 anos)

 

Ensino

1)      Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professor visitante, curso de especialização em ciências criminais, Porto Alegre, 2001;

2)      Faculdades Integradas Rio Branco (SP), departamentos de Direito e Relações Internacionais, professor de Cooperação Internacional, 2003;

3)      Faculdade de Direito de Guarulhos (FIG), professor titular de Sociologia e Ciência Política (Teoria do Estado), 2000-2002;

4)      Universidade de Maryland (EUA), Departamento de Criminologia e Justiça Criminal, professor visitante, 1998;

5)      Universidade de Beijing, Faculdade de Direito, professor visitante, 1999.

 

Pesquisa e consultoria

(1)     Prevenção de violência, criminalidade e desordem em escolas do ensino médio na região de Guainases e Itaquera (São Paulo).  Centro Talcott, Varas Judiciais da Infância e Juventude e Universidade Cruzeiro do Sul, 1998;

(2)     Análise da eficiência do patrulhamento policial na cidade de São Paulo, usando técnicas de mapeamento por computador. Centro Talcott e Polícia Militar, 1998;

(3)     Plano de apoio internacional às políticas de prevenção de criminalidade e de segurança pública da República Popular da China (projetos de pesquisa, simpósios, conferências, seminários, publicações, qualificação e pós-graduação), Beijing, República Popular da China, 1999;

(4)     Prevenção de violência, criminalidade e desordem em escolas do ensino médio na região de Jundiaí (SP), Centro Talcott, Conseg e Diretoria Regional de Ensino, 2000;

(5)     Encontros pela Justiça na Educação, Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e Juventude/ MEC/ Banco Mundial, 2000;

(6)     Comunidade e a Segurança Pública, Caxias do Sul, Brigada Militar/ Polícia Civil/ Secretaria de Estado da Segurança Pública (RS), 2001;

(7)     Relatório sobre o sistema de justiça criminal brasileiro, World Factbook of Criminal Justice Systems  (Georgetown University/ Universidade Ministério da Justiça dos EUA/ Bureau of Criminal Justice Systems), 2002;

 

6.  Produção científica, tecnológica e artística (últimos 5 anos, quantidade)

1.                  Artigos científicos em periódicos especializados (no Brasil): 5

2.                  Artigos científicos em periódicos especializado (no exterior): 3

3.                  Artigos de divulgação científica: 3

4.                  Comunicações em congressos, seminários, palestras etc.: 98

5.                  Filmes, vídeos etc.: 2

6.                  Livros publicados: 6

7.                  Artigos em coletâneas: 4

 

7. Idiomas

1.                  Português: fala, lê e escreve correntemente

2.                  Espanhol: fala, lê e escreve correntemente

3.                  Inglês: fala, lê e escreve correntemente

4.                  Francês: fala, lê e escreve correntemente

5.                  Alemão: lê razoavelmente

6.                  Italiano: lê bem

 

B. Pesquisador

 

1. Atuação profissional/ local de trabalho

 

NOME: Jonh Martin McDonald

INSTITUIÇÃO: ProActive ReSolutions Inc.

E-MAIL: johnm@proactive-resolutions.com

CARGO/ FUNÇÕES: Diretor/ gerente de recursos humanos, especialista em gerenciamento de conflitos

DIVISÃO/ UNIDADE: Sidney, Austrália

INGRESSO (MÊS/ ANO): janeiro de 1996

ENDEREÇO PROFISSIONAL: 3/115 Curlewis Street

CIDADE: Bondi Beach

UF: New South Wales

CEP: 2026

TELEFONE: (612) 9130-2481

FAX: (612) 9130-2303

 

2. Titulação/ formação acadêmica

 

Graduação

CURSO: Educação

INSTITUIÇÃO: Wollogong University

CIDADE: Wollogong

PERÍODO: 1973-1976

PAÍS: Austrália

UF: New South Wales

 

3. Áreas de atuação

 

Segmento/ atividade (desde 1996)

1.      Governo – Austrália, Canadá, EUA, Grã-Bretanha: organizando câmaras restaurativas em diversas repartições de governo (educação, justiça de infância e juventude, prisões, setores correcionais, prefeituras, setores de defesa, e arrecadação)

2.      Empresas – Grã-Bretanha, Canadá e Austrália: organizando câmaras restaurativas em indústrias, entidades financeiras, comércio, mineração, navegação, e serviços)

3.      Comunidades – organizando câmaras restaurativas em comunidades indígenas Sechelt, Sqaumish e Ojibway (Canadá), bairros carentes de Baltimore e Filadélfia (EUA), e nas comunidades aborígenes Wiradjari e do Território Norte (Austrália). 

4.      Governo e setor comunitário – Austrália, Canadá, EUA, e Grã-Bretanha: treinamento em prevenção de violência, responder à violência, gerenciamento de conflitos e emoções no local de trabalho, soluções através de diálogo, políticas públicas e desenvolvimento de programas de segurança e governança em comunidades.

 

4.  Atividade atual

 

Administrativa

Gerenciar os recursos humanos da ProActive ReSolutions

 

Pesquisa e desenvolvimento

Câmaras restaurativas e suas relações com a Justiça, sociedade, prevenção e redução de violência

 

5. Experiência profissional (últimos 5 anos)

1.      Promover crescimento e desenvolvimento de atividade empresarial relacionada a justiça restaurativa – ProActive ReSolutions Inc.

2.      Treinamento em câmaras restaurativas

3.      Consultoria em desenvolvimento de políticas públicas, implementação de programas sociais, e avaliação do enfoque restaurativo

4.      Preparar e promover câmaras restaurativas

 

6.  Produção científica, tecnológica e artística (últimos 5 anos, quantidade)

1.                  Artigos científicos em periódicos especializados e livros (na Austrália e no estrangeiro): 4

McDonald, J. & Moore D.

1998    Community conference facilitator’s kit, Sydney:

2000    Transforming conflict - in workplaces and other communities, Sydney: TJA

2000    Guiding principles of the conferencing process, in G. Burford & J. Hudson, J. (eds) Family group conferences: perspectives on policy, practice and research, Monsey, NY: Willowtree Press

2001    Community onferencing as a special case of conflict transformation, in J. Braithwaite & H. Strang (eds) Restorative justice and civil society, Cambridge: Cambridge University Press

2.                  Livro: 1

McDonald, J., Transforming Conflict, 2000 - ISBN 095855401-3

3.                  Filmes, vídeos, audiovisuais realizados: 1

DVD para as Forças Armadas da Austrália – câmaras restaurativas na resolução de conflitos

 

7. Idiomas

1.      Inglês: fala, lê e escreve bem

2.      Português: fala, lê e escreve pouco